terça-feira, 15 de dezembro de 2015

De dia 36 a 41 - PORTUGAL

Foram cinco dias bem especiais… Foram cheios de vida, cheios de tudo aquilo que precisava. Apesar de ter ficado constipada desta ida a Portugal, todos os momentos valeram a pena. E era disso que eu precisava: Algo além desta rotina aqui em Inglaterra. Algo mais de mim. Precisava de me desafiar de novo.
E Portugal, estes dias, permitiram-me isso. Permitiram-me matar a saudade que já enchia o meu peito quase de forma dolorosa. Mas acima de tudo, consegui ver um sorriso no rosto de todos, sei que de alguma forma fui fazer a diferença, por uns dias. 
E dei tão mais valor ao que tenho lá, do que quando saí há um mês. Eu já dava valor, principalmente nos últimos tempos, perante a despedida iminente, mas agora foi diferente. Dei valor de coração a transbordar. O meu afilhadinho está quase para nascer e eu estou tão feliz com isso, que não cabe em mim! A reação da minha avó e da minha mãe foram qualquer coisa…! E de uma das minhas primas mais pequenas, quando me viu, foi qualquer coisa divinal! Não me lembro de querer dar tantos abraços como dei nestes dias. Abraços apertados, que tiram o fôlego. Abraços com significado. 

Apesar de tudo parecer na mesma, a minha vida evoluiu para um passo no qual nem consigo pensar, sem sentir uma vertigem. Foi um passo enorme, contudo estes dias pareceram apagar o mês passado: Parecia-me tudo na mesma, apesar de saber que não. 

Mesmo que diga que parece tudo na mesma, sei o tempo que passou. O meu coração sente a falta da vida que tinha em Portugal – que já era cheia. Era completa. Mas agora parece que fiz o upgrade para ter mais espaço em meu redor e tudo ganhou um novo significado. E não tenho medo disso, porque cada dia que passa é uma nova aventura, porque decidi aventurar-me no desconhecido, na noite que se irá tornar um magnífico dia. 
É claro que me custa saber que está toda a gente lá e eu cá. Mas a verdade é que também já cá tenho pessoas com quem me importo e que não quero perder nem por nada. Quero mantê-los junto de mim e preservá-los. Quero lutar junto deles, nem que tenha de ter força por mim e por eles. Porque eu sei que vou ter. Sei que tenho capacidade de os ajudar, tal como eles me têm ajudado até hoje. E sei que o melhor está ainda para chegar. 
Estamos cá há tão pouco tempo, que as pressões externas ainda não fizeram o seu efeito. Mas temos de aguentar. 

E vamos fazê-lo, se caminhámos até aqui, não vamos desistir. Há uma claridade à nossa espera, no final desta caminhada noturna!








1 comentário:

  1. Muito bem!
    Mas e eu?
    Fico-me apenas pelo abraço bem apertadinho, já com saudades, na hora da partida ciente que voltas logo, porque o tempo voará!
    Beijinho e tudo de bom por estes dias

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